Sempre que abro os olhos pela manhã, deparo-me com um sonho. Este sonho tem duração média de 17 horas todos os dias.
Quando me canso, deito-me para viver um pouco. Esse pouco que vivo não satisfaz meu enorme desejo de viver. Sinto que estou completamente incompleta.
Nos meus sonhos, que parecem ser tão reais, sou constantemente agredida. Sofro agressões de muitas maneiras.
E é difícil sonhar às vezes.
Tenho me tornando tão só, tão.
Mas tenho feito descobertas incríveis.
Assim como a ostra que sofre agressões para produzir sua pérola, estou produzindo as minhas. No meu caso, produzo maralumas.
As maralumas são únicas e exclusivas, no mundo inteiro elas não pertencem a mais ninguém.
E como é bom ter maralumas!
E como é ruim ter maralumas!
Quando vivo, muitas cenas se repetem: aquele sorriso tímido do olhar profundo que me sonda. O dourado que envolve o saber de tantas poesias, tantas inquietações e tantas desconfianças. Aquela explosão primeira, que eclode e cessa, eclode e cessa. E o conforto de um abraço saudoso, despretensioso, só acolhedor.
Por isso eu gosto tanto de viver. Lá, na vida, me encontro sempre com ele, o meu amor.
O meu amor me encontrou envolvido por melodias pesadas, álcool e desesperanças. Duas almas. Dois espelhos. Um destino.
Um simples olhar e o mundo se transformou. Como somos poderosos !
Quando nossos corpos se encontram, sempre uma catarse catastrófica e mágica nos toma, nos doma e nos derruba. Somos invadidos pelo sentir, pelo expelir e então, prostrados ante o cume de nosso sórdido e saboroso desejo. Somos invencíveis e, ao mesmo tempo, tão vulneráveis a esse nosso sentimento.
Somos antítese. Somos iguais. Somos nada. Somos partes. Somos tudo. Somos o eu. Somos o outro. Somos um. Somos tantos.
E por viver assim, não quero viver outrossim.
Se for com você, por você e por mim.
Entrei no link no rodapé de seu email e me vejo através das suas palavras, nessa vida louca e linda, doce e dura, completa e vazia ...
ResponderExcluirVocê existe, literalmente, para servir como ponto de exclamação.
É bom te-la na equipe e ser, para os "nossos meninos", às vezes, quando nos permitem ... um, junto com todos!