quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Me deixa morrer comigo

Quando eu...
Quando abandonar meu cigarro,
Quando abandonar minha bebida,
Quando partir e deixar a mim mesma
Só quando a noite for sempre noite ou
o dia sempre dia
As compilações e aspirações do meu espirito desertarem
ou aquele beijo frio na face lânguidamente amarelada
Quando esquecer
Quando partir
Eu não sei...
Não entendo
Quando o quando for agora
e o amanhã for ontem
Onde termina o céu e começa o outro céu
Essa alma
Essa alma rasgada como uma fotografia que foi mal colada
A vóz de um mudo que grita a plenos pulmões para um surdo
Um aleijado de sentimento
Aquele rijo corpo vazio
Uma musica de notas vagas
O sorriso branco branco murmurando e enfeitiçando
Os olhos espelhos d'agua a se afogarem em si mesmos
E mesmo quando é quando
Quando o quando está num proximo distante adeus
E ainda o sussurro ecoa do quase quase morto
Na tentativa de você
Só quando deixar de existir o ultimo gole de folego
Só assim
Amanhã será outro dia

2 comentários:

  1. "Os olhos espelhos d'agua a se afogarem em si mesmos
    E mesmo quando é quando
    Quando o quando está num proximo distante adeus
    E ainda o sussurro ecoa do quase quase morto
    Na tentativa de você"

    ainda suave, mesmo sem vislumbrar o horizonte...

    e este quando... sem fôlego... pra tentar você. escreve para que as palavras te levem pela mão. os outros gesto, tão carregados dessa sujeira humana, o desespero de um corpo vazio, ou o tédio das notas vagas.

    =)

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  2. .."Brindemos ao que sopra a crueldade dessa dor que não se identifica".

    Jackeline

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