domingo, 28 de novembro de 2010

num domingo

Sozinho.
Naquele quarto vago mais uma nota se grita.
Partir não é a melhor saida.
Voltar. Pra onde?
O carrasco que antes se escondera agora vem à luz em forma de letras.
No copo em cima da mesa, só o vazio de mais uma noite completa de sonhos reais.
Aqui dentro agora, pedaços e estilhaços do gozo indelevel e o gosto daquilo que faltou, mas ficou no pensamento.
Incongruencia mental leve.
Transtorno obsessivo passivo.
E aquele desejo mais obscuro que insiste em bater na cara lambusada de tedio ambulante.
Só me resta o ultimo gole de pulso parado, agora quase inabalavel.

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