A travessia aguarda o passante...
Tem dias que o medo fala mais alto - tão auto,
num rosário de decepções.
O simples franzir de uma testa traz o mais puro incômodo.
De fato.
E sempre o desejo de ser rascunho, mas claro, não há tempo para isso.
Não há mais muito tempo pra quase nada.
Sentir toma muito espaço, sendo necessário - por piedade - encher-se de nada só pra variar.
Toc toc !
Não! Ninguém pode ouvir.
É tão incompreensível que quase parece humano.
Fadado ao próprio fracasso o passante quase que atravessa.
Quase.
Importunamente um ponto fraco aparece e desliga a luz. Ele acaba com qualquer chance de redenção.
Passa-se a loucura.
O sangue coagulado se acumula veloz. Isso é só um detalhe.
Gradativamente a medida se instala.E, então, o lado oposto é alcançado.
Exausto, o passante se deita e se deixa.
E se deixa.
Se deixa.
Deixa.
Eixa.
Ixa.
Xa.
A.
.